sábado, 30 de abril de 2011

Noite de 30 de Abril

Vim deixar aqui uma pequena história sobre esta noite. Decerto terão estas tradições, tal como a minha família as tem. Na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, a tradição manda que se coloquem as maias a porta com o intuito, dizem, de não deixar o mal entrar. Mas sabem o porquê desta tradição?
Bom, reza a lenda, que Herodes procurava o menino jesus e um traidor de noite marcaria a casa onde este estava com maias na porta.Assim de manha o apanhariam. Segundo a lenda, todas as casas de manhã tinham maias e assim ele se salvou. Pois bem, sabem que anjo segundo as lendas fez isto?
Nada mais nada menos que Uriel...;)

Boa noite e não se esqueçam das Maias!:)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

I am only one

Aqui está uma das músicas mais tocadas enquanto escrevo o livro. Bom, é mais tocada infinitamente em repeat...rsrsrs É linda e mostra tudo o que a Delaney sente por Uriel, o seu Arcanjo Caído da Morte, Destruição, e o seu anjo da guarda, como ela diz...:)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Novo livro - Introdução

Decidi por aqui a cena de introdução do meu livro sobre anjos, que ainda me conto a escrever. Acontece mesmo antes do 1º capítulo. Espero que gostem :)

Eu estava rodeado e sem poder escapar de forma alguma. Supunha que esta
era a paga por não querer servir os humanos. Mas se assim é, para mim é um bom
preço a pagar. Só não esperava que fossem os meus irmãos os meus executores, isso
era realmente incómodo, até para mim. Ezequiel estava já dominado, mas talvez o
poupassem. Afinal ele estava várias categorias atrás de nós. Não que isso importasse
durante esta guerra. Amigos eram amigos, inimigos…bem, mesmo que fossem
irmãos, seriam mortos sem piedade.
- Porquê? Porquê...tu, irmão?
- Podia ter sido eu, como foram tantos outros. Eu não sirvo seres inferiores,
Gabe. Já devias de saber disso, irmão.
- Eu sei, melhor, eu sabia já desde que nasceste que não eras como um de
nós. Demasiado egoísta, intempestivo, difícil de acarretar ordens e -
- Rebelde? – Perguntei inocentemente.
Um som de discórdia veio de meu lado direito, aparecendo por detrás de
mim. Boa, não bastava terem mandado Gabriel, mas agora também tinham
mandado o braço direito.
- Olá.. Chegaste um pouco atrasado, Michael.
- Eu não deixaria outros tratarem deste assunto. É entre nós, não os queria
no meio. E o pai também pensa assim.
- Sempre a fazer o que o pai manda…se ele te mandasse atirares-te lá para
baixo, também o fazias, irmão? – Perguntei sarcasticamente. Todos nós sabíamos
como tanto Michael como Gabriel amavam os mortais.
- Sempre revoltado… - Falou Gabriel fracamente.
Seria mesmo uma nota de dor em sua voz que eu ouvia? Eu não sou nenhum anjo.
Que ironia…
- Vá, façam o que fizeram aos outros…ou pelo menos tentem. - Ameacei,
ainda preso pelo poder de Gabriel.
Gabriel puxou de sua espada cautelosamente.
- Não te vamos matar. O pai não quer te matar, nem nós. Podes não
acreditar, mas amamos-te.
- Pois sim, eu não sou nada de reuniões de família. E despachem-se com isso.
-Porque te juntaste aos traidores? - Perguntou Michael abruptamente.
Isto sim já me dava vontade de rir, mesmo com a situação em que eu me via.
Era verdade o que me diziam, eu não tinha a noção do perigo.
- Eu não me juntei ao preferido do nosso pai. – Respondi calmamente.
- Irmão, nunca foste muito sensato. Mais vale a pena confessares as tuas
acções a nós, tua família.
- Eu não o segui, Michael. Ele queria conquistar-vos. A todos vós e a tudo
mais. Eu não sou tão ambicioso. Eu simplesmente não quero servir os mortais e já
agora governar os exércitos também não era uma má ideia.
- Mas esse é o maior privilégio que algum dia na nossa existência teremos. É
uma honra para todos e qualquer um de nós. E os exércitos são meus.
Sorri, sabendo que tinha atingido Michael.
- Sem ofensa, Michael, mas para mim não. O acto supremo não foi a criação
dos mortais. Fomos nós. E se fosse de minha decisão, eu eliminava-os a todos.
A minha fúria começou a nascer. Sentia já a força a correr dentro de mim.
Não era por acaso que eu era O Fogo. O que mesmo assim mal equilibrava a
balança. Michael era o Poder e comandante dos exércitos; Gabriel era Gabriel, a
Força e apesar de seus atributos, bastante pacífico. Ezequiel não era como nós, mas
estava em treino para tal. Por isso, eu estava por minha conta.
- Irmão, não temos alternativa…- Falou Michael resignado.
- Vai ser Gabriel ou tu, Michael? – Perguntei os olhando nos olhos.
- Não posso negar, Irmão. És o melhor guerreiro que já vi…ainda agora.
Mas não, não te mataremos.
- Mas a morte é a pena por traição. – Insinuei.
Algo não estava bem. Desobedecer ás ordens do pai era punível com a
morte. A pior coisa que existia aqui era a traição. E eu nunca fora muito exemplar
em obediência.
- O pai escolheu um destino diferente para ti.
Só poderia ser o mesmo destino de nosso irmão.
- Vou fazer companhia ao nosso irmãozinho e seu séquito real, é isso? Bem,
sempre ouvi dizer que é melhor reinar lá em baixo do que servir aqui – Cuspi.
Gabriel encostou sua espada letal na minha garganta mas isso não me
amedrontou.
- Eu não tenho medo de nada, irmãos. Por isso, dêem o vosso melhor golpe.
Tenho é um último pedido. – Falei, olhando para Ezequiel que acordara.
- Qual é? – Perguntou Michael friamente.
- Poupem Ezequiel. Ele é novo e segue-me para todo o lado. Eu não me
consegui livrar dele e foi arrastado para o meio desta confusão.
Era mentira. Ezequiel sabia de tudo e alegremente se juntara a mim. Bom, a
única parte verídica era que ele me seguia para todo o lado, mas era porque era o
meu único amigo e a única pessoa em que eu confiava um pouco. Afinal podemos
escolher os amigos, a família é que nunca.
- Duvido que fales a verdade. Mas como é o teu último pedido como um de
nós e és na realidade um dos mais poderosos de nós, vou-to conceder. Não o
mataremos…ele terá a mesma sorte que tu, irmão.
- E essa será…?- Perguntei impaciente.
- Vocês serão expulsos.
- Ao menos o clima será mais favorável e não terei mais de vos aturar ou
matar.
Lado negativo, teria de aturar o meu outro irmão e eu nunca gostara dele,
apesar de ser o meu irmão mais novo.
- Não irás ser expulso para junto dele. Irás para o sítio que mais desprezas.
Foi o castigo do pai.
Não podia ser…aguentaria tudo menos o que me queriam fazer.
- Irás ser expulso para viveres imortal entre humanos. Talvez aprendas a
ama-los e a protege-los. – Falou Michael erguendo suas mãos e conjugando seu
raio. Gabriel desceu a sua espada sobre mim.

Eu não me lembro de cair. Tudo era um vazio, uma falta da essência do que
eu fora, de toda a minha glória como ser pleno. Eu caía, eu caía para longe de tudo.
Despojado de Poderes, despojado de meu Fogo, despojado de…mim. A escuridão
envolveu-me.